Mossad, CIA e PF/Brasil

NARRATIVAS DO MOSSAD, da CIA e da PF da DUPLA DINO/LULISTA NÃO CONVENCEM NINGUÉM

Ouvi falar que a Polícia Federal (brasileira) reforçou a suspeita sobre os “terroristas” do Hezbolah (supostos para mim, até agora) por meio de provas, encontradas entre alvos da operação policial, contendo formulários burocraticamente preenchidos com detalhes das ações de recrutamento e outras ações “terroristas” no Brasil. Desde 1964, quando fui interrogado por um Coronel do Exército, um filósofo, no antigo Ministério da Guerra, não ouço falar num documento secreto datado e assinado pelos “suspeitos”. Nesse interrogatório, lá pelas tantas, o coronel filósofo – especialista em filosofia comunista, autor de vários livro sobre as diferentes tendências vermelhas – disse “vou te mostrar já uma coisa”.

Levantou-se, abriu um uma gaveta de arquivos, sacou uma pasta e trouxe para a mesa, pegou um documento e meio que jogou na mesa onde eu estava sentado. Era um interrogatório bem respeitoso. Ele queria, no fundo, discutir conceitos com um bacharel em filosofia, envolvido no ativismo católico de esquerda.

O documento era a Ata de uma reunião, devidamente minuciosa e assinada em baixo pelo secretário de uma reunião do Partido Comunista, que eu reconheci como meu colega de Faculdade, reportando algo sobre um congresso do qual também participei. Mas, felizmente o coronel achava que já sabia de tudo, e só queria discutir conceitos.

Pois bem, essa história de formulários burocraticamente preenchidos, eu não posso engolir. Essa história do primeiro ministro israelense, no meio de uma guerra de vida ou morte para seu país, usar seu escasso tempo para confirmar publicamente que o Mossad – sua agência de espionagem e intervenção no exterior – teria desbaratado uma célula do Hezbolah no Brasil, não dá para engolir. Logo no Brasil, que o governo de Natanael considera um parceiro inconfiável, amigo do Irã (como lembrou Carlos Aberto Sardenberg hoje na CBN)  e, acrescento, dos palestinos, das ditaduras latino americanas e árabes!

Apesar de saber da capacidade da CIA e do Mossad para inventar rebeliões, ainda teria algum crédito uma ação terrorista internacional nos EUA, no UK, na Europa a Oeste da Alemanha – onde os imigrantes originários dos povos orientais são oprimidos… Mas no Brasil, não consigo perceber a racionalidade do Hezbolah em exportar violência e insegurança para um país, cujo governo pode ser tudo, menos inimigo dos movimentos extremistas apoiados e sustentados pela República Islâmica do Irã.

Então, cherchez le narrateur, isto é, se quer entender uma narrativa, procure o narrador. Há dois narradores, nosso Dino, que narrou para o público interno, e Natanael que esteve no noticiário internacional do New York Times a uma gazeta australiana, e mais uma dezena de canais, com a narrativa implícita de que, como no caso do Brasil, ele seria capaz de perseguir seus inimigos (ou proteger seus amigos) no mundo inteiro, graças ao Mossad, sua agência de espionagem e intervenção internacional.

Um objetivo dessa narrativa é alertar a opinião pública brasileira de que seu governo está se metendo onde não é chamado e está importando para o Brasil a violência de uma guerra permanente no Oriente Médio. Quanto à narrativa Dino/lulista, a tática de criar inimigos não parece convencer.

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